No dia 15 de julho de 2012, a
integrante do grupo Judiélen Leal entrevistou José Niel Leal 76 anos, seu avô,
criador e apostador _ cavalos de carreiras. A entrevista foi feita em Aroeira –
Segunda Zona de Pinheiro Machado. Ele relatou como era as Carreiras em sua
época:
“De primeiro as reuniões de
cancha reta nossa aqui, começavam sábado e já iam para o acampamento era
churrasco meio dia, e de noite ficava acampado na cancha no mato, pra noutro
dia desempatar, então aquilo era uma tradição que a gente tinha, era um gosto
encontrar os amigos, ali passar o final de semana conversando e a criançada
correndo e brincando; era a tradição do gaúcho. Agora não... nas pencas só se
veem carro, não se vê gente a cavalo é muito pouco, e aquilo é questão de uma
hora, correu e vão embora”, diz Leal.
José, sempre gostou de cavalos,
mas se envolveu mais aos seus 22 anos quando estava no quartel, onde era
Cavalarisso, cuidava de cavalos para Polo e vareador (trabalhava cavalos na
pista) quando deu baixa (saiu). Começou em 1957 na cidade de Rio Grande, a
comprar cavalos e potrancos “prontos” corredores e cuidar para as carreiras,
onde participou de várias incluindo Bagé, Dom Pedrito, Capão Novo e outras
cidades; José ressaltou: “Perdi algumas, mas ganhei muitas”.
Explicou também que o tratador e
o vareador eram pagos, e o proprietário somente levava e investia no seu
cavalo.
Esta foto estava pendurada em um quadro
na sua sala, e perguntamos o que significava para ele.
“Esta foto representa muito pra mim, era minha tradição, meu
esporte, é um marco do meu tempo”, diz José Leal.
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